Tópico 21 - portfólio de devaneios : fevereiro 2014

17/02/2014

A Beleza dos Olhos de Camelo

Inevitavelmente sempre me recordo de “Velha e Louca” quando me preparo para sair aos finais de semana, não como regra, já que veio-me à cabeça em uma manhã de segunda-feira, o que contrasta bastante pelo fato de que - daqui da janela - o céu está totalmente claro e o meu batom tem tom tomate da palheta dos vermelhos. Sei que sentirei vontade de desviar o assunto, pois quando se trata da cantora que conhecemos após seu curioso tchubaruba, nos enchemos de desejo em relembrar todas suas mudanças em sua fase Pitanga.  
Em meio à semana anterior, agraciei-me com algumas fotografias de Marcelo Camelo, especificadamente, com as que possuíam a figura de sua amada como complemento da obra, as quais em muitas visitas tive vontade de enquadrar e expôr em meu quarto, mesmo não a amando, adorando ou qualquer outro propósito relacionado à cantora. Em uma breve analise é possível perceber a profunda conexão do casal em seus momentos mais puros.  
A beleza dos olhos de Camelo que em todas formas de arte e em maior simplicidade nos ilustra o amor, gera a gota de orvalho em sua pétala de flor quando retrata a artista - aquela das antigas polêmicas - com seu encanto natural. Ultimamente não faço economia de tempo para procurar Mallu no flickr de Marcelo (visite), afinal seus trabalhos analógicos são lindos, leves e mutuamente, despretensiosos.     
Confira minha seleção: 

06/02/2014

Tons Vibrantes de Verde e Amarelo

Chegamos em uma fase que por ato vicioso, não medimos esforços para editar as imagens da vida real, o que cria uma película sempre mais bonita ou uma entrada de rede virtual - daquelas com milhares de visitantes - por consequência, nesse caos cotidiano e um tanto tecnológico, fico só, já que não, eu nunca quis ir à Londres. Semana passada conheci Carla Dauden, a garota de grandes olhos verdes que ganhou todo seu charme de mais de quinhentos milhões de acessos, após encarar a câmera de forma doce e criar mais um momentâneo bordão "não, eu não vou para a copa do mundo".  
A assisti mais de uma vez, li dos mais diversos comentários em seu vídeo e por fim, revirei o estômago em pleno domingo, pois me gritava que brasileiro que expressa sua ignorância em tornar viral pobres definições como futebol, mulheres violão e samba, nada mais é do que uma cópia personalizada de quem recebe a crítica, de quebra, não precisamos de má propaganda. Aqui se nota maus aspectos, mas acontece que Europa virou chavão e sua diferença é como nossas garotas de Copacabana, já que sua face crua exterioriza o comum desespero da palidez central.   
Não se percebe em dois mil e quatorze um punhado de Gonçalves Dias, Cecília Meireles, Mario Quintana, a inspiração nordestina que favoreceu Clarice Lispector, e toda boêmia bossa; assim os conto que de caneta azul, em uma biblioteca e ilegalmente, vi escrito o que me marcou: o Brasil possui muito mais tons vibrantes de verde e amarelo e a maior das atitudes seria desfocar o cenário popularizado, para que dessa forma, apareça uma nova pátria. Esclarecendo, não devemos deixar morrer o sonho de viver em outro país, muito pelo contrário, nos ilumina abrir espaço ao trovador capaz de aprender e ensinar versos franceses que por raiz, compreende o triunfo da poesia sobre o futebol, sem abandonar, aos fins de semana, sua pelada debaixo do sol.